Homem ou Réptil? A Disputa Dentro de Você e o Cérebro Trino

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Não importa a origem do seu sofrimento…pode ser a saúde debilitada, a falta de dinheiro, relacionamentos problemáticos, estagnação profissional, perturbações espirituais.

Não importa em qual área de sua vida o sofrimento aparente vir, pois – na verdade – ele possui uma única origem: a ignorância.

O que é a ignorância?

É a insuficiência de conhecimento sobre algo. Por exemplo: se você não sabe falar francês, você é ignorante no idioma francês. Essa ignorância pode lhe custar caro, se você tiver, por exemplo, que se mudar em 6 meses para Paris à trabalho.

Nesse caso, você possui duas alternativas. A primeira é lutar, ou seja, dedicar-se à aprender o idioma em 6 meses. Nesse caso, a dor de não saber falar francês irá lhe estimular a aprender o idioma – a dor lhe impulsionou a crescer.

A outra alternativa é não fazer nada, ficar paralisado(a). Se você ficar se lamentando, vitimizando, achando ser difícil e que não será capaz, você entrará em uma vibração de caos.

O resultado: você não aprende francês e, ainda, perde o emprego.

O que quero lhe mostrar é que a dor é inevitável, é uma resposta de nosso corpo e nossa mente aos estímulos do ambiente. Mas o sofrimento psicológico/emocional é algo que pode ser trabalhado, para não cairmos em armadilhas que nos enredam em uma teia de problemas sem fim.

Todos Nós Somos Ignorantes

Para começar, todos nós somos ignorantes em muitos assuntos. E um dos assuntos mais importantes e ignorados pela maioria das pessoas é a natureza da realidade, isto é, do que é feito isso que nós chamamos de realidade.

Como ela funciona? Ela é fixa e determinada ou é algo maleável? Você pode mudar a sua realidade? Como você se adapta à uma realidade? Qual é o seu papel nessa realidade?

No artigo sobre as ilusões que vivenciamos foi explicado que a nossa mente possui diferentes camadas que são interligadas:

  • O consciente, a mente que usamos para pensar, raciocinar, tomar decisões, planejar;
  • O inconsciente pessoal, aquele que contém os instintos, nossas memórias pessoais, os hábitos que criamos, os automatismos, a nossa sombra (conteúdos que reprimimos ou que não desejamos viver);
  • Existe também o inconsciente coletivo, o conjunto de memórias compartilhadas com toda humanidade;
  • E o supraconsciente, a mente da sua Essência divina, a mente do Todo, a mente cósmica.

Você viu como essas camadas influenciam os seus pensamentos, sentimentos, comportamentos e, portanto, os resultados que você obtêm em sua vida.

Naquele artigo também foi possível observar a importância de você reconhecer e integrar as camadas da sua mente de uma forma adequada, de modo que você venha se tornar cada dia mais um(a) cocriador(a) mais eficiente da sua própria realidade.

Se você ainda não leu esse artigo, convido-lhe a clicar no link abaixo para entender como a sua mente funciona e entender porque você faz o que faz e se comporta de determinada maneira.

Quero ler o artigo As 9 Ilusões que Vivenciamos e Como Dar Fim a Cada Uma Delas (PARTE 1) e As 9 Ilusões que Vivenciamos e Como Dar Fim a Cada Uma Delas (PARTE 2)

O seu comportamento se relaciona com certas estruturas cerebrais e é possível superar seus aspectos mais limitantes – em busca de um estado de consciência expandida e tudo de maravilhoso e esse estado tem a lhe oferecer.

A neurociência moderna confirma o que os antigos sábios já haviam notado…o ser humano é fortemente influenciado por aspectos de seu próprio ser que são totalmente desconhecidos à ele.

A mente humana é capaz de realizações impressionantes, como por exemplos as artes, cultura, tecnologia. Mas também possui uma dimensão primitiva e irracional, que molda – em grande parte – o nosso comportamento.

A Evolução e o Conceito do Cérebro Trino

O ser humano, na verdade, é um estranho para si mesmo. Ele poderia ser livre e totalmente consciente das escolhas que faz, mas não é.

A maioria das pessoas desconhece o funcionamento da própria mente e quase a totalidade delas está inconsciente a respeito de quem realmente é e sobre sua verdadeira origem.

Aquela pessoa que ainda não despertou para a sua natureza espiritual (que é pura Consciência) é comandada por instintos, por emoções e pensamentos inferiores – que atuam nos bastidores de sua mente, moldando a todo momento a sua percepção de mundo, o seu comportamento e consequentemente a forma como cria a sua realidade.

O controle excessivo e instintivo que o homem sofre está relacionado com estruturas primitivas do próprio cérebro humano, mas pode ser transmutado e transcendido por sua própria consciência, através da vontade.

De acordo com a teoria da evolução, as estruturas que oferecem vantagens para uma espécie tendem a se manter ao longo do tempo. Lentamente, uma espécie vai passando por modificações até que após milhares de anos poderá haver o surgimento de uma nova espécie.

As novas espécies acabam herdando estruturas dos antepassados que foram úteis, do ponto de vista evolutivo. Foi o que aconteceu com a espécie humana.

Ao mesmo tempo que somos capazes de amar, proteger, de gestos solidários e compassivos, também possuímos uma herança reptiliana de comportamentos predatórios que podem nos levar à atos de extrema violência, ao preconceito, à crueldade, ao abandono, à dominação dos mais fracos, às lutas de poder e às guerras.

Esses comportamentos primitivos tiveram vantagens evolutivas em um passado remoto, por isso estão presentes em nossa espécie. Mas da mesma forma que a evolução manteve algumas estruturas relacionadas com comportamentos predatórios, também favoreceu o surgimento de outras estruturas que possibilitaram eclodir o pensamento, a razão, a linguagem, os sentimentos mais sublimes em nós – incluindo a compaixão.

Do ponto de vista científico, é essa combinação de instintos + emoções + lógica que faz com que nosso comportamento tenha tantas variações.

O cérebro humano evoluiu ao longo de milhões de anos. Os centros superiores se desenvolveram como elaborações ou atualizações das partes inferiores mais antigas.

A irracionalidade de nossos comportamentos se deve às estruturas mais ancestrais do cérebro. Enquanto o pensamento e a linguagem, remontam às estruturas mais recentes.

A teoria do cérebro trino – elaborada em 1970, pelo neurocientista Paul Maclean – propõe a divisão do cérebro humano em 3 unidades funcionais diferentes e integradas. Maclean teorizou que esse 3 cérebros operam como 3 computadores biológicos, interconectados, cada um com a sua inteligência especial, a sua própria subjetividade e memória.

Ele se refere à esses três componentes como:

  • cérebro reptiliano;
  • cérebro límbico;
  • e neocórtex.

Cada uma das 3 unidades representa um estágio evolutivo no sistema nervoso dos vertebrados. As mais recentes foram sendo agregadas às mais antigas sem que estas perdessem sua função.

Temos então 3 sistemas diferentes operando em nosso cérebro.

O Complexo R

O cérebro reptiliano, também conhecido como Complexo R, é a parte mais profunda e mais antiga do nosso cérebro. Ele é constituído pelo tronco cerebral e cerebelo. Esse primeiro nível de organização é o que determina o comportamento que observamos nos répteis – por isso o nome “reptiliano”.

Esse é o cérebro instintivo, responsável pela sobrevivência do nosso organismo, como a procura por alimento, abrigo, reprodução, segurança (incluindo as reações de luta e fuga quando estamos frente a qualquer perigo).

O cérebro reptiliano determina todos os nossos comportamentos automáticos, que são repetitivos e imitativos. É formado por um conjunto de sistemas reguladores pré-programados que mantém o funcionamento ideal do nosso corpo e reage de modo a assegurar a nossa sobrevivência.

Ele é responsável pela autopreservação e controla as funções básicas que garantem a nossa vida, como a digestão, o sono, a respiração, os batimentos cardíacos. Além da relação direta com grande parte das funções corporais e psíquicas, o Complexo R determina o relacionamento do indivíduo com as demais pessoas e com o meio.

A emoção predominante nesse nível é o medo, pois este tem uma função primordial na sobrevivência do organismo. Por vibrar no medo, o homem reptiliano – aquele que dá mais vazão ao Complexo R – interpreta tudo como uma ameaça (situações, pessoas, objetos e até mesmo ideias ou crenças diferentes da sua própria).

É esse cérebro que é ativado quando se quer colocar medo em alguém para dominá-lo, visando ter total controle sobre ele. Muitos pais fazem isso com seus filhos, muitos homens fazem isso com animais e o sistema no qual vivemos faz isso em todo momento com a população.

Isso está sendo feito de uma maneira nunca antes vista e a saída é pela expansão de consciência de cada pessoa. Um indivíduo no qual predomina o Complexo R comporta-se como um réptil.

Para ele, tudo é uma questão de sobrevivência do mais forte e do mais apto. Ele não pensa antes de agir, ele apenas reage por instinto. Como esse sistema não é capaz de raciocinar, a pessoa é incapaz de aprender com as sua experiências. Portanto, os mesmo erros serão cometidos inúmeras vezes.

O cérebro reptiliano não leva em consideração o contexto de uma situação e todas as variáveis envolvidas. Ele considera apenas o perigo em potencial daquele momento e as próprias necessidades. Por isso ele busca a satisfação imediata dos seus desejos – custe o que custar.

É muito fácil perceber a relação do cérebro reptiliano com emoções, sentimentos e comportamentos limitantes do ser humano. A pessoa sob comando do cérebro reptiliano sempre procurará por segurança, evitando experiências novas (mesmo aquelas que poderiam melhorar a sua vida).

Isso explica a zona de conforto que mantém a pessoa paralisada e incapaz de acelerar seu crescimento. A pessoa reptiliana é insensível ao sofrimento dos outros, ele/ela desconhece a compaixão, tem necessidade de possuir e dominar tudo e todos.

Essa necessidade nunca é saciada, pois o medo de não ter o suficiente é permanente. E quando muitos procuram dominar uns aos outros, é natural que haja conflitos permanentes. Isso explica porque a humanidade vive em constante estado de guerra.

Para ter poder absoluto é preciso controlar tudo. Somente uma única visão de mundo pode existir, a sua. Dessa forma, qualquer visão de mundo que permita divergência de opinião deve ser abolida e aqueles que disseminam essas novas ideias devem ser eliminados.

Foi o que aconteceu com os grandes homens que, há milênios, tentam passar uma mensagem superior de amor, tolerância e paz. O homem reptiliano necessita ter controle total e possuir tudo e todos – não se contenta com partes, somente tudo o satisfará.

Essa ganância explica a eterna insatisfação com qualquer quantia de dinheiro que ele/ela ganhe, com as quantidades de comida além do necessário que ele/ela consome, com as compras compulsivas de produtos que muitas vezes ela/ela nem usará…

Nunca o que tem é o suficiente. Essa é base da nossa sociedade de consumo. Nesse aspecto, o homem apresenta um comportamento inferior ao crocodilo, que não mata mais do que é capaz de comer.

Conhecendo o funcionamento do cérebro reptiliano, entende-se praticamente todo o comportamento humano e a sua relação com grande parte dos problemas pessoais (sejam eles financeiros, de saúde, relacionamentos) e o jogo de poder entre as pessoas, grupos e nações. Além da exploração dos animais, do meio ambiente e das próprias pessoas.

O Cérebro Límbico

O cérebro límbico é o segundo nível funcional do cérebro humano. Esse nível de organização corresponde ao cérebro da maioria dos mamíferos mais antigos, nos quais – pela evolução – uma nova camada de tecido nervoso se formou em torno do cérebro reptiliano.

Ele trouxe aos animais habilidades de aprendizagem e memória. Nesse nível é possível encontrar todas as estruturas cerebrais relacionadas com os comportamentos sociais, sexuais e de motivação.

O cérebro límbico é responsável pelas emoções. No caso dos humanos, descobriu-se recentemente que não é a sede das emoções como se pensava, mas que atua com a participação de estruturas nervosas mais evoluídas (como o córtex pré-frontal).

Talvez pela intensa rede de conexões entre as duas áreas, a espécie humana é a que apresenta a maior variedade de sentimentos e emoções.

Embora alguns indícios de afetividade sejam percebidos entre os pássaros, o sistema límbico só começou a evoluir de fato a partir dos primeiros mamíferos – sendo praticamente inexistentes em répteis e anfíbios, e em todas as outras espécies que o precederam.

Dois comportamentos com conotação afetiva surgidos com os mamíferos são:

  • o cuidado das fêmeas para com seus filhotes;
  • e a tendência à brincadeira.

Quanto mais evoluído o mamífero, mais acentuados são tais comportamentos. As emoções são fenômenos complexos que afetam nossos pensamentos, nosso corpo e nosso comportamento. Elas são sensações intensas e conscientes desencadeadas pela nossa avaliação de determinada situação.

As nossas emoções nos ajudam a sobreviver, prosperar e transmitir nossos genes para frente. Elas reforçam a nossa aprendizagem ao darem mais cor às nossas vivências do cotidiano.

Elas também facilitam nossos comportamentos adaptativos. Porém, ao estarem descontroladas – ou contidas por um longo tempo – acabam limitando a nossa vida, comprometem a capacidade de raciocínio e se tornam causas de doenças.

Segundo a Medicina Tradicional Chinesa, a raiva afeta o fígado, a ansiedade afeta o coração, a preocupação afeta o estômago, a tristeza afeta os pulmões e o medo afeta os rins.

Cada pessoa tem uma impressão digital e um semblante único, certo?! Da mesma forma, cada um de nós tem um perfil emocional único que faz parte de quem nós somos, a ponto de aquele que nos conhecem conseguirem prever como iremos reagir a determinada dificuldade.

As pessoas costumam presumir que o estilo emocional seja algo físico com prováveis raízes genéticas. De fato, durante décadas, os neurocientistas acharam que o cérebro adulto tivesse uma forma e uma função fixas.

Entretanto, sabemos hoje que esse conceito de um cérebro estático e imutável está errado. Na verdade, ele possui uma propriedade chamada neuroplasticidade, a capacidade de modificar a sua estrutura e a sua função de maneira considerável.

Essa mudança pode ocorrer em resposta às nossas experiências e aos nossos próprios pensamentos e intenções. É preciso ter inteligência emocional, ser capaz de usar as suas emoções ao seu favor para ter domínio sobre sua própria realidade.

O seu estilo emocional pode mudar por um esforço consciente e intencional, pelo cultivo deliberado de qualidades e hábitos mentais determinados.

O Neocórtex

O neocórtex é a camada mais externa e evoluída do cérebro, típica dos mamíferos superiores e do homem. Ela se situa acima e aos redores do sistema límbico. A sua superfície se dobra em cima de si mesma, formando sulcos.

O maior desses sulcos divide o cérebro em dois hemisférios: o direito e o esquerdo. Esse hemisférios são ligados entre si por feixes de fibras localizado na base dessa fissura, que estabelece a comunicação entre os hemisférios direito e esquerdo, e destes com o sistema límbico e o tronco cerebral (do cérebro reptiliano).

Existe uma importante distinção funcional entre os dois hemisférios. O hemisfério direito é mais espacial, holístico e intuitivo. O hemisfério esquerdo, por sua vez, é mais linguístico, analítico e racional. Porém, essa divisão não é absoluta.

O neocórtex surgiu nos mamíferos superiores, em acréscimo àqueles dois níveis funcionais explicados anteriormente – o cérebro reptiliano e o cérebro límbico. Ele é o responsável pela razão, linguagem (conceitual, verbal e simbólica), planejamento, pensamentos abstratos e funções executivas – como organização, automonitoramento e o controle de nossos impulsos.

É onde acontece o processamento da informação, desempenhando um papel fundamental na memória, na intenção, na percepção consciente, no pensamento, na linguagem e na consciência.

Em conjunto com o cérebro límbico, o neocórtex está associado às emoções e à memória. Além disso, ele está envolvido com habilidades evolutivas avançadas, como nosso intelecto, a nossa imaginação e a criatividade.

Existe ainda uma estrutura cerebral importante chamada córtex pré-frontal, localizado na camada mais alta e externa dos hemisférios cerebrais. Consiste em uma capa fininha de substância cinzenta cerebral com apenas 0,3 cm de espessura.

Essa estrutura cerebral é mais recente, em termos evolutivos, e surgiu há cerca de 40.000 anos. É ela que diferencia o homem dos demais animais, além de apresentar o período de desenvolvimento mais prolongado depois que nós nascemos – em relação a qualquer outra parte do cérebro.

Ele forma a sua estrutura celular depois do nascimento e termina como a maior estrutura do cérebro. Apesar de bem mais poderoso quando totalmente formado, ele é bastante frágil até amadurecer totalmente – o que leva, aproximadamente, 21 anos.

Ele está relacionado às tarefas cognitivas mais sofisticadas e complexas da mente humana, como estabelecer objetivos, metas, o pensamento abstrato, o planejamento, comandar ações e a capacidade de imaginar e inventar.

É a sede da personalidade e da vida intelectiva, além de modular o cérebro límbico e possibilitar a criação de comportamentos adaptativos (ao tomar consciência de suas emoções).

A atividade desse cérebro aumenta quando temos que executar tarefas de grande dificuldade. Por todas essas razões e muitas outras, é importante ativarmos esse quarto cérebro e usá-lo para transformar o conteúdo arquivado nos cérebros mais antigos, a fim de criarmos uma realidade mais harmônica com a nossa Essência.

Seus Hábitos

O ser humano é autoconsciente, ou seja, ele sabe que existe, que pensa e percebe que possui atividade psíquica. Ter consciência também significa ter domínio sobre as próprias escolhas – das mais simples às mais importantes.

Nós somos dotados de livre-arbítrio. Enquanto a maioria dos demais seres vivos se comportam motivados pelo instinto, o homem pode pensar antes de agir. Nós ainda reagimos impulsionados por conteúdos inconscientes (sejam eles os instintos do cérebro reptiliano ou as emoções nem sempre equilibradas do sistema límbico).

Escolhas verdadeiramente inteligentes são processadas nesse moderno lobo frontal do cérebro. Ele é capaz de filtrar os conteúdos limitantes vindos de nosso subconsciente, na maioria das vezes condicionado ao passado e às crenças de outras pessoas.

Ele pode ainda captar e processar os conteúdos infinitamente sábios da mente cósmica – o que chamamos de Supraconsciente. Quando utilizamos essa capacidade integrativa do lobo frontal de dominar o ego e acessar a nossa Essência, fazemos as melhores escolhas possíveis – livres de medo e baseadas no que é melhor para a nossa própria Essência.

O ser humano cria hábitos ao longo da vida que facilitam o seu cotidiano. Esses automatismos podem ser úteis para aliviar o cérebro, facilitar algumas tarefas, ganhar tempo…mas podem se tornar um problema quando queremos abandonar comportamentos indesejados e destrutivos.

Outras vezes, queremos adquirir hábitos saudáveis mas desistimos nas primeiras tentativas fracassadas. Então eu lhe faço a seguinte pergunta: será que nós somos vítimas de nossos comportamentos condicionados? Do nosso ego e de nosso passado?

Quando entendemos como os hábitos são criados e eliminados, tudo se torna mais fácil. A neurociência comprova o que já sabemos de longa data: hábitos são fáceis de serem criados e difíceis, mas não impossíveis, de serem rompidos.

Sempre que repetimos um comportamento, ele se fixa em circuitos especiais no nosso cérebro – particularmente em uma estrutura nervosa chamada corpo estriado. Quanto mais o repetimos, mais automático se torna.

No entanto, o neocórtex monitora o hábito. Ele nos auxilia a crescermos como seres humanos, a mudar o que desejamos e a viver a vida da maneira que decidirmos. Mesmo que os hábitos pareçam automáticos, eles estão sob controle contínuo do neocórtex.

Em algum nível, nós decidimos o tempo todo. Estamos no controle de nossos hábitos e de nossas vidas. Para termos maior domínio sobre nossas ações basta que permaneçamos atentos ao momento presente – que é o nosso ponto de poder.

Se agora, nesse instante, você parar, pensar e optar por aceitar ao invés de criticar, por confiar ao invés de temer, por amar ao invés de odiar…o seu cérebro responderá a tais estímulos.

Cada vez que fizer isso, o caminho neural será reforçado. Se optar por fazer boas escolhas nos sucessivos agora, agora e agora, mais fortes serão as suas conexões neurais para o amor, aceitação e perdão.

Repetidas de forma consistente, as suas escolhas se tornam o caminho de menor resistência para a saúde física, mental e espiritual. O cérebro é uma maravilhosa ferramenta que a nossa Essência utiliza para se expressar e ter experiências evolutivas.

Reflexão

O nosso cérebro pode ser modelado para criar uma nova vida, basta sair do piloto automático.

O cérebro reptiliano serviu muito bem ao homem primitivo, que necessitava se proteger dos perigos do ambiente representados pelas feras e pelo clima (muito inóspito). Da mesma forma que foi útil aos nossos ancestrais, ainda auxilia o homem atual a se proteger de situações potencialmente perigosas – disparando a reação de luta ou fuga, frente à uma ameaça real.

O homem moderno não precisa mais lutar com os animais selvagens, nem enfrentar condições ambientais extremas como havia no passado longínquo. Mas por que continua seguindo o padrão instintivo do cérebro reptiliano?

As guerras constantes em todos os períodos da história, as disputas familiares, nos locais de trabalho ou no trânsito mostram o comportamento ditado pelo Complexo R. Para transcender tudo isso, basta buscar a iluminação e expandir a nossa consciência.

A consciência cria a realidade, algo mais do que provado pelos experimentos da Mecânica Quântica. Quando uma pessoa atinge o nível de consciência de união com o Todo, ela se liberta do controle cerebral primitivo. Mudando a consciência, nós mudamos a realidade.

Quero lhe propor que, a partir de hoje, comece a se observar – sem julgamentos e sem culpa, apenas com objetividade. Anote em um caderno pelo período de 24 horas todas as vezes que você reage com raiva e quando sente medo.

Perceba quando suas emoções lhe dominam, quando a negatividade toma conta aparentemente sem razão. Perceba a sua dependência de atenção e amor de outras pessoas.

Anote também quando consegue tomar uma decisão e permanecer nela por, pelo menos, um dia inteiro. Também quando consegue planejar e imaginar o seu futuro.

Depois disso tudo, você terá condições de perceber quando o instinto de sobrevivência do cérebro reptiliano está ativado em si. Quando reage de forma condicionada, motivado(a) pelo medo, já saberá identificar.

Já saberá quando o cérebro límbico atuar através de suas emoções, como elas podem oscilar dentro de um curto período de tempo e tem ciência de que apesar de ter 3 cérebros distintos, brigando entre si pela sua atenção e seu comportamento, você não é refém disso.

Você é equipado para realizar escolhas e mantê-las enquanto elas lhe forem interessantes e necessárias. Você está no controle. Esse é o primeiro passo para se tornar um cocriador(a) mais consciente da própria realidade.

O segundo passo é conhecer os arquétipos, que influenciam a sua mente desde o nascimento e possuem um enorme poder sobre a sua visão de mundo, o seu comportamento e os resultados que você vem tendo em sua vida.

Quando você vive esse arquétipos plenamente, a sua vida sai do padrão de problemas repetitivos para um padrão de crescimento, evolução e autorrealização. Se você quiser saber mais sobre o tema, abaixo há um link para uma aula gratuita na qual o tema é aprofundado. Não deixe essa oportunidade passar e assista!

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Abraços fraternos,

Dra. Mabel Cristina Dias

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