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Será que existem Arquétipos bons e Arquétipos maus?

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Arquétipos bons Arquétipos maus

Você já se perguntou se existem Arquétipos maus e Arquétipos bons?

Num mundo em que constantemente buscamos categorias e rótulos para compreender o que nos cerca, é comum surgirem questionamentos desse tipo…

Nós sabemos que os Arquétipos são padrões de comportamento que influenciam nossos sentimentos, pensamentos e ações, e que, na maioria das vezes, essa influência é inconsciente. Ou seja, eles nos afetam sem que percebamos.

Mas, será que essa influência pode ser positiva ou negativa? Quando se trata de Arquétipos, será que realmente existe essa divisão entre o que é considerado mau e o que é bom?

Acompanhe a leitura para descobrir! 

O primeiro passo é entender a diferença entre Símbolos e Arquétipos

Enquanto os Arquétipos são padrões de comportamento que influenciam nossa maneira de pensar, sentir e agir, os símbolos funcionam como códigos que carregam a energia desses Arquétipos. 

Eles representam uma tentativa de representar um Arquétipo específico, e, em algumas situações, até mais de um.

O que acontece é que as pessoas acabam confundindo os símbolos com os próprios Arquétipos, levando-as a acreditar que podem rotulá-los como positivos ou negativos. No entanto, a verdade é que os Arquétipos transcendem essas simplificações que impomos.

Será que realmente existem Arquétipos bons e Arquétipos maus? 

Arquétipos bons Arquétipos maus

Essa é uma questão bastante intrigante, mas a verdade é que os Arquétipos em si não podem ser categorizados como bons ou maus. Vamos entender por quê!

Os Arquétipos, como parte do Todo, não residem na realidade física e, portanto, não podem ser categorizados.

Diferentemente dos símbolos, que estão manifestados em nossa realidade física, os Arquétipos, segundo Platão (427 a.C. – 347 a.C.), um dos mais conhecidos filósofos e um dos primeiros a introduzir o conceito de arquétipo, residem no “Mundo das Ideias“.

Essa é a chave para compreender por que os Arquétipos não podem ser rotulados como bons ou maus: se eles pertencem a um reino transcendental, e se são ideias primordiais que representam atributos e virtudes divinas, eles escapam das dualidades do mundo das formas, o Mundo Manifesto, no qual vivemos.

Portanto, eles são simplesmente o que são.

Nós, como seres humanos, é que temos a capacidade de utilizar esses atributos de maneira construtiva, aproximando-nos da evolução espiritual e da ascensão para um estado superior de consciência. Mas infelizmente, também podemos usá-los de maneira destrutiva, reforçando padrões negativos e densificando nossa energia.

Para aqueles que nos acompanham, sabem que a base do nosso trabalho é o Tarot, falamos sobre os 22 Arquétipos baseados nos 22 arcanos maiores do Tarot. Isso porque esses arcanos representam imagens universais da alma humana e simbolizam a jornada heróica de nossa existência.

Então, para ilustrar esse conceito e facilitar a compreensão, podemos recorrer aos arcanos do Tarot:

Durante uma leitura de Tarot, quando surgem arcanos como o “arcano da Morte”, o “arcano sem nome”, o “arcano do Diabo” e até mesmo o “arcano da Torre”, muitas pessoas sentem medo, acreditando ser algo negativo. No entanto, essas cartas não representam algo ruim.

Como Anthony Louis descreveu em seu livro “O Livro Completo sobre o Tarô”: “Todas as cartas do Tarot são neutras, elas simplesmente apresentam imagens arquetípicas universais que fazem parte da experiência humana. A bondade ou a maldade das cartas dependem completamente de como decidimos utilizar a energia que representam.”

Funciona da mesma maneira com os Arquétipos. O “arquétipo bom” ou “ruim”, a luz ou a sombra do Arquétipo depende de como você irá experienciar esse Arquétipo.

Mas, se não existem Arquétipos bons e maus, por que falamos sobre a luz e a sombra dos Arquétipos?

Quando falamos sobre aspectos luz e sombra, é fundamental compreender que os Arquétipos, por si só, não possuem intrinsecamente um aspecto de luz ou sombra; somos nós que projetamos nossa própria luz ou sombra nessas energias.

Imagine que você esteja vivenciando o Arquétipo do Puro, por exemplo, que representa virtudes como a pureza, inocência e bondade. Se optarmos por incorporar essas características em nossa vida, esse Arquétipo será considerado bom, de acordo com nossa perspectiva física, correto?

Agora, se resistirmos a viver plenamente esse Arquétipo, se o experimentarmos com excessiva ingenuidade, isso pode nos tornar vulneráveis à exploração. Da mesma forma, ao nos considerarmos “bons” o suficiente por possuir essas virtudes, podemos adotar um julgamento moral rígido em relação aos outros. Isso nos levaria a ser críticos e condenatórios, incapazes de compreender as complexidades da natureza humana. Nesse caso, o Arquétipo do Puro seria considerado um Arquétipo “ruim”?

Como padrões de comportamento, seria impossível classificar Arquétipos como bons ou maus, afinal, tudo depende de como você decide experienciar esse Arquétipo e do que você projeta nessa virtude.

Você pretende mantê-lo na sombra, sufocado por medos, ressentimentos e desejos ocultos? Ou pretende trazer à luz essas virtudes divinas?

Reflexão

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A distinção entre positivo e negativo é uma construção humana, não uma característica intrínseca dos Arquétipos. Eles transcendem as dualidades, convidando-nos a explorar a complexidade de nossa própria natureza e a escolher como aplicar essas energias em nossa jornada pessoal.

O estudo dos Arquétipos nos proporciona muito mais do que o entendimento; mas um mergulho na experiência do que é estar vivo. Um mergulho de diversas experiências que nos ajudarão a compor os pedaços de quem nós realmente somos!

Portanto, se você deseja saber qual Arquétipo mais tem lhe influenciado e quais são os aspectos-luz e os aspectos-sombra que você pode estar refletindo sobre ele, eu convido você a realizar seu Mapa Arquetípico®.

Este mapa serve como um verdadeiro guia, mostrando o caminho para viver da melhor maneira possível o Arquétipo que influencia sua vida!

Abraços,

Mabel Cristina Dias – Artétipos

* Nosso trabalho é de natureza metafísica e espiritual, com uma base simbólica e universal. Portanto, abordamos os Arquétipos não do ponto de vista psicológico, mas sim do ponto de vista espiritual e simbólico da jornada da vida.

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