O que é o Ego? Precisamos nos livrar dele?

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Ego

O ego é uma parte intrínseca de cada ser humano, é um aspecto fundamental de nossa personalidade. No entanto, nos últimos tempos ele tem sido percebido de forma negativa, sendo associado à presunção e à vaidade. Talvez você, inclusive, já tenha ouvido falar sobre a importância de nos desvencilharmos do ego, de eliminá-lo de nossas vidas.

Mas será que isso é realmente necessário? Será que quem diz isso sabe realmente o que é o ego? Quantos de nós já pararam para contemplar o funcionamento do Universo? Quantos se aventuraram a explorar além das camadas superficiais de suas próprias motivações?

A verdade é que, muitas vezes, nos encontramos imersos em um turbilhão de ações direcionadas ao ego, sem sequer entendermos por que o fazemos. Será que já paramos alguma vez para nos perguntar o que o ego realmente é?

Neste artigo, vamos explorar o verdadeiro significado do ego e discutir se realmente precisamos – e se podemos – nos livrar dele.

Acompanhe a leitura!

O que é o Ego

O ego é uma das partes mais intrigantes da nossa psique, uma noção intelectual limitada e ilusória que o ser humano tem de si mesmo e do mundo. Em termos simples, podemos pensar no ego como nossa visão de mundo, moldada e enriquecida pelas nossas memórias. 

Ele atua como um arquivo, armazenando as lembranças, experiências, pensamentos, ideias, sentimentos e sensações que já tivemos durante toda nossa vida. É, essencialmente, nossa noção de “eu”, aquilo que nos diferencia do inconsciente e nos torna conscientes do nosso próprio ser.

Mas o que precisamos entender é que esse “eu” é apenas uma representação parcial da nossa verdadeira essência. Afinal, aquilo que percebemos e acreditamos ser não passa de uma pequena parcela de um todo muito maior, que, muitas vezes, ignoramos.

Pense por alguns minutos sobre o que você responde quando alguém pergunta “quem é você?”. Geralmente nós respondemos essa pergunta com base nas nossas experiências passadas, na nossa infância, nos papéis que desempenhamos na sociedade e em nossos próprios paradigmas

Mas a verdade é que essa identificação é limitada e enganosa. Afinal, nós não somos unicamente nossos corpos, pensamentos, emoções ou títulos sociais

Existe um mundo infinito que, muitas vezes, permanece oculto à nossa percepção consciente – é o que a psicologia denomina de “inconsciente“. 

Então, enquanto nos concentramos nessa nossa percepção consciente, dominada pelo ego, uma infinidade de processos e influências sutis ocorrem nos “bastidores”, moldando nossa experiência de vida de maneira profunda e muitas vezes imperceptível.

Ego x Essência

Ego

Dentro de cada um de nós, existe uma constante competição pela nossa atenção entre dois aspectos distintos: o ego e a essência, também conhecida como centelha divina.

Já entendemos que o ego é uma percepção – limitada e ilusória – de nós mesmos e do mundo, ou seja, é aquilo que comumente consideramos como nosso “eu”. Por outro lado, a essência é o que podemos chamar de “Self”. Ela representa a divindade interior, a porção do Todo que habita dentro de cada um de nós.

Para ilustrar a essência, vale a pena explorar a definição do filósofo e educador brasileiro Huberto Roden, que nos convida a analisar a palavra “Universo“. Ele nos diz que, se desmembrarmos a palavra UNIVERSO, encontramos UNI e VERSO.

UNI representa a unidade manifestada através de VERSOS, uma totalidade expressa por meio de diversidades. É o Uno, o Todo, experimentando-se através de Essências, de Centelhas Divinas. Portanto, a Essência é o UNO que habita em cada um de nós, VERSOS. 

Embora perceber nossa essência possa ser desafiador em um mundo tão agitado, se conseguirmos fechar os olhos, respirar profundamente, desacelerar nossos pensamentos e nos conectar com o momento presente, conseguimos percebê-la. 

Mas isso é algo que precisa partir de nós, é aquele ato de sair da zona de conforto

O que normalmente acontece é que estamos tão focados no ego e nos conteúdos que ele traz, como pensamentos, julgamentos e preocupações pessoais, que deixamos nossa essência em segundo plano, abafada pela incessante atividade mental. Isso, muitas vezes, é a raiz dos nossos problemas.

No entanto, ao tomar consciência desse comportamento natural e inverter essa dinâmica, dando mais atenção à nossa essência em vez do ego, nossa consciência se expande naturalmente, transformando nossa realidade para melhor. 

A felicidade e a prosperidade passam a ser uma consequência dessa nova percepção de realidade.

A importância do Ego: Integrando o Eu à Essência

Voltando às perguntas que fiz no começo do artigo, será que realmente devemos nos livrar do ego? A resposta é bem simples: não

Se o ego é uma parte intrínseca de nossa mente consciente, e se é a estrutura que nos permite ter uma noção do “eu”, por que deveríamos eliminá-lo? 

É um erro considerar o ego como uma entidade independente da qual precisamos nos livrar a todo custo ou à qual devemos culpar por nossos problemas… O ego não é algo externo; é uma parte de todos nós, e temos responsabilidade sobre ele. Portanto, eliminá-lo seria como se estivéssemos removendo uma parte de nós mesmos.

Ao tomar consciência disso, abandonamos a armadilha de acreditar que somos apenas nossa percepção da realidade. Deixamos de gerar conflitos entre nossa essência e o ego, integrando nosso ego ao nosso Self. Isso significa usar o ego como uma ferramenta a serviço de nossa essência, em vez de permitir que ele governe nossas vidas.

Alcançando essa integração, experimentamos uma sensação de conexão com o divino e, portanto, entendemos que temos o poder de co-criar nossa própria realidade. Vivenciamos, assim, uma harmonia interior que nos auxilia na superação de muitos dos desafios e conflitos que enfrentamos.

Ou seja, em vez de nos livrarmos do ego, aprendemos a usá-lo como uma peça valiosa no quebra-cabeça de nossa jornada de autodescoberta.

Reflexão

Quando percebermos que nosso Ego é temporário, mas que a nossa Essência é infinita – pois ela é parte de tudo que existe – nos libertamos dos condicionamentos limitantes do Ego e nos rendemos à Centelha Divina. 

Através do autoconhecimento e autodesenvolvimento, iniciamos uma jornada profunda em direção àquilo que Carl Jung denominou de “Individuação”, ou seja, a integração entre o Ego e o Self.

Um dos caminhos para esse autoconhecimento é a exploração dos Arquétipos que moldam nosso atual momento de vida, através da realização do seu Mapa Arquetípico.

Com essa ferramenta, você compreenderá os aspectos luminosos e sombrios do Arquétipo que têm influenciado sua jornada. Adquirirá um conhecimento profundo sobre a essência do seu ser, desbloqueando seu potencial e iniciando uma transformação interna em busca da integração com a Centelha Divina e da prosperidade que reside em todos nós.

Abraços,

Mabel Cristina Dias – Artétipos

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