Como acabar com o sofrimento e a dor? De que maneira posso parar de sofrer por causa de pessoas e situações? Como bloquear pensamentos negativos que insistem em nos derrubar?
Talvez dilemas como esses façam parte da sua vida. Afinal, a humanidade vem chorando suas dores há muito tempo!
Estamos passando por um processo de catarse coletiva que se manifesta em forma de doenças físicas, ansiedade, depressão, dificuldades financeiras e solidão. Então, vez ou outra, é comum nos voltarmos para esses dilemas, sentindo-nos incapazes ou invadidos por sentimentos de mágoa, dor e desespero.
Estamos no mundo, e esses sentimentos vão aparecer. Mas, como podemos estar no mundo sem fazer parte dele? Como podemos sentir a dor, mas nos libertar do sofrimento psicológico?
Acompanhe a leitura para descobrir!
Antes de tudo, é essencial entender a diferença entre Dor e Sofrimento
Quando pensamos em sofrimento, muitas pessoas acabam confundindo esse sentimento com a dor.
Mas veja: a dor é uma experiência física inevitável, um sinal de alerta do nosso corpo diante de estímulos nocivos. Enquanto isso, o sofrimento é uma interpretação mental da dor, moldada por crenças, histórias pessoais e, principalmente, pela identificação com o ego.
O ego não vê os fatos apenas como são, mas os interpreta conforme suas crenças.
Vou lhe explicar: imagine um atleta que se machuca durante um treino. A dor física é real e precisa ser cuidada, certo?
Entretanto, o sofrimento, a angústia por não poder competir ou a frustração com a lesão, são criações da mente.
Percebe que o sofrimento vem da sensação de que houve uma perda? Seja ela qual for!
Nesse caso, estamos falando sobre a perda da saúde, mas pode ser a perda da juventude, da beleza física, do dinheiro, da posição social e até mesmo de alguém que amamos muito.
A verdade é que quando entendemos que todas essas situações pelas quais sofremos são transitórias, que a dor é passageira e o sofrimento, uma escolha, começamos a dissolver o sofrimento em sua raiz. Assim, abrimos caminho para a cura e a libertação.
Por mais incrível que possa parecer, essa não é uma meta distante, está ao alcance de todos. Basta decidir e sentir.
Como fazer isso? Integrando completamente o ego à sua essência divina e imortal, para que ele passe a servir sua essência ao invés de tentar controlá-la.
Ao deixarmos para trás o que é passageiro, transcendemos de simples sobreviventes para indivíduos que fluem com a vida. As experiências, problemas e dificuldades continuarão a surgir, pois fazem parte da nossa jornada neste mundo.
Contudo, ao cultivarmos essa liberdade interior de viver em harmonia com o fluxo da vida, podemos nos libertar das amarras do sofrimento que antes nos mantinham presos em um ciclo de dor repetitiva.
5 Maneiras de se Libertar do Sofrimento Psicológico
1. Pratique o Desapego
O desapego é a chave para a libertação do sofrimento.
Quando falamos em desapego, estamos nos referindo ao desprendimento, ou seja, soltar as crenças limitantes, os padrões de comportamento disfuncionais, as expectativas sobre o passado e o futuro, e a necessidade de controle em saber todas as respostas.
Quando nos apegamos a esse tipo de situações, ficamos estagnados e toda essa estagnação repercute em nossa realidade, que se torna morna.
Por outro lado, ao nos desapegarmos de todas as armadilhas do ego que nos aprisionam em uma ilusão de como a vida deve ser, atingimos a verdadeira liberdade em nossa essência, abrindo espaço para novas experiências, crescimento pessoal e felicidade genuína.
Quando você trabalha para reconhecer seus apegos, crenças e comportamentos, naturalmente consegue ir se libertando deles, pouco a pouco, sem que tenha que fazer nada diferente. É simplesmente o trabalho de “soltar a bagagem pesada”.
2. Pela Não-Ação (ou Wu Wei)
A não-ação, um conceito central do Taoísmo, nos ensina a agir com naturalidade e fluidez, sem forçar ou resistir às situações. Isso significa saltar de paradigma: abandonar a necessidade de controle e permitir que as coisas se desenvolvam em seu ritmo natural.
Isso não quer dizer deixar a vida passar sem agir e sem fazer nada para alcançar seus objetivos, muito pelo contrário!
A não-ação não é preguiça ou irresponsabilidade, mas sim uma ação sem intenção urgente, ou seja, você realiza as coisas com naturalidade, sem excesso de predeterminação, sem especulação. Em outras palavras, é simplesmente trabalhar com o silêncio interior e a intuição.
Essa quietude interior é a não-ação; é onde atingimos a consciência e damos o espaço necessário para que as coisas aconteçam naturalmente, no momento certo.
3. Solte os Resultados
Soltar significa não colocar pressão sobre aquilo que queremos manifestar em nossa vida.
A busca incessante por resultados gera ansiedade e frustração, e pode atrasar nossas manifestações. Em vez disso, é importante aprender a soltar o apego aos resultados e confiar no processo natural da vida, permitindo que as coisas fluam.
Mais uma vez: isso não significa passividade, mas sim agir com foco no presente e na responsabilidade pessoal, sem se apegar a expectativas sobre o futuro.
É fazer sua parte e, então, deixar que a vida se encarregue do restante, acreditando que, se for o melhor para nós e para todos, acontecerá no tempo certo.
Soltar os resultados é viver sem depender do que se espera, compreendendo que a verdadeira felicidade vem de um estado interior de satisfação com a vida, e não de fatores externos.
4. Abra Espaço para o Novo (Disrupção)
Pense no que é normal para nós hoje em dia: vivemos mergulhados em ilusões de todos os tipos, padrões e crenças limitantes, e ideias rígidas de como tudo deveria ser. No final, isso é a maior causa do nosso sofrimento.
A disrupção significa a interrupção do curso normal de um processo. Trata-se de romper com padrões antigos e crenças limitantes que nos aprisionam, abrindo-se para novas perspectivas, questionando crenças arraigadas e desafiando nossa zona de conforto.
Quando nos desapegamos de tudo, especialmente das expectativas de como as coisas deveriam ser, o sofrimento psicológico termina. É nesse momento que tudo começa a fluir: ao parar essa luta interna e viver o presente, conseguimos seguir o fluxo natural da vida.
5. Alinhando-se à Fluência Divina
Outra maneira de evitar o sofrimento é através do salto de paradigma para a aceitação total e irrestrita de uma ordem implícita no Universo, que nos guia em direção ao nosso bem-estar.
É essencial compreender que, ao não obstruirmos o fluxo natural da vida com excesso de pensamentos e crenças limitantes, ao abraçarmos o amor e a benevolência do Todo, o melhor ocorrerá naturalmente, sem esforço.
Lembre-se: se algo requer esforço pesado e gasto de energia, não está alinhado com a Fluência Divina. O propósito de nossa existência é fluir com a correnteza do rio que desemboca no Oceano do Todo. Portanto, permita-se aceitar o Todo em sua vida, sendo guiado pela essência, não pelo ego.
Ao nos alinharmos com a Fluência Divina, liberamos a necessidade de controle e permitimos que o melhor se manifeste: sem apego ou sofrimento, apenas vivendo o momento sem resistências, medos ou tentativas de controle, aceitando o que ocorre.
É agir com dedicação dentro de nossas possibilidades e abrir espaço para que a vida aconteça!
Reflexão
Quais são seus maiores apegos? O que você se recusa a deixar ir? E que preço você tem pago por isso? Quanto sofrimento tem enfrentado por situações que fogem ao seu controle?
Entenda, soltar é a atitude mais inteligente e poderosa que podemos adotar não apenas para resolver nossos problemas, mas também para criar uma vida espetacular.
Como cocriadores conscientes da realidade que desejamos, reconhecemos que o sofrimento é uma escolha!
Ao optar por nos tornarmos a melhor versão de nós mesmos, cada vez mais autênticos, livres e realizados em todas as áreas da vida, sabemos que, embora esse caminho demande muito de nós, o resultado é um salto significativo em direção à liberdade do ser!
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