Entenda, de uma vez por todas, o que são Arquétipos
Tereza não consegue evitar fazer compras desnecessárias sempre que assiste televisão ou passa um tempo nas redes sociais, mas depois se sente culpada pelas dívidas acumuladas devido a sua impulsividade.
Kadu nunca passa despercebido, sempre brilhando onde quer que esteja e atraindo a atenção para si. No entanto, isso muitas vezes causa conflitos em seu relacionamento, já que sua namorada se ressente e fica com ciúmes.
Antônio tinha o sonho de se tornar músico, mas agora é aposentado por causa de uma doença, após uma vida inteira de frustração como engenheiro.
Já reparou como histórias como essas parecem se repetir ao longo do tempo, em diferentes lugares, e até mesmo em nossas próprias vidas?
Dívidas que se repetem, problemas de relacionamento que persistem, doenças recorrentes… Todos os problemas repetitivos que enfrentamos na vida resultam dos nossos padrões mentais.
Agora, convido você a observar os grandes artistas da humanidade, os grandes empresários, os grandes mestres. Todos eles também possuem um padrão muito parecido de pensamentos, sentimentos e comportamentos, não é mesmo?
Arquétipos são esses padrões inconscientes que existem por trás de todo ser humano.
Quer ser um líder de sucesso? Basta incorporar as características desse Arquétipo em você, como num processo de modelagem. Quer se desenvolver artisticamente? Incorpore as características do Arquétipo do Artista.
Os Arquétipos são padrões de comportamento que influenciam nossa maneira de pensar, sentir e agir, na maioria das vezes de forma inconsciente, ou seja, você não sabe que esse padrão existe, mas ele lhe influencia mesmo assim.
Compreender os Arquétipos é como possuir um mapa do tesouro que revela a complexidade de nossa mente.
Portanto, neste artigo, quero convidá-lo a compreender desde o funcionamento do nosso mundo interior até a compreensão, de uma vez por todas, do que são os Arquétipos e da importância de descobrir qual Arquétipo tem influenciado o seu atual momento de vida.
Assim, você será capaz de experimentar a verdadeira prosperidade, encontrar o seu propósito de vida e abrir portas que talvez nunca tenham sido acessadas antes. Vamos lá?
O seu mundo interior
Antes de mais nada, para entendermos os Arquétipos, precisamos compreender as motivações inconscientes que moldam nosso comportamento sem que sequer percebamos, ou seja, precisamos entender nosso mundo interior.
Para isso, é necessário recorrer a grandes nomes da psicologia e também a importantes correntes filosóficas e místicas, a fim de desvendar o funcionamento do ego.
Bem, segundo a visão científica, o ego é o processo mental que cria nossa identidade pessoal; é ele quem nos faz nos identificarmos conosco mesmos: nome, idade, gênero, preferências e habilidades. O ego é responsável pela percepção e manutenção de nossa personalidade.
O ego começa a se desenvolver durante os primeiros anos de vida, na infância. Ele atua como o grande mediador entre nossa mente consciente e nosso inconsciente. Em outras palavras, o ego é a parte da nossa mente responsável por intermediar as relações entre nosso mundo interno e o mundo externo.
Tanto a visão freudiana quanto a abordagem junguiana nos oferecem uma análise aprofundada das forças internas que moldam nossa identidade. Acompanhe a leitura:
A mente segundo Sigmund Freud
Segundo Freud (1856-1939), o criador da psicanálise e a personalidade mais influente da história no campo da psicologia, nos deparamos com 3 forças ocultas que moldam nossa personalidade:
- Id: Representa o aspecto instintivo da nossa personalidade, responsável pela satisfação das necessidades básicas, é baseado no “princípio do prazer”. O Id faz de tudo para atingir o prazer e afastar a dor.
- Ego: Reflete a parte racional da nossa personalidade: A forma com a qual pensamos, nos percebemos e interagimos com o mundo. Age como mediador entre id, superego e o mundo externo.
- Superego: Representa o aspecto moral da personalidade, enraizada na internalização dos valores e crenças recebidos de pais, professores e sociedade. Julga o que é moralmente certo ou errado.
A visão de Jung sobre a psique humana
Por outro lado, Jung (1875-1961), psiquiatra e psicoterapeuta suíço, fundador da psicologia analítica, dividia a psique humana em 3 partes:
- Ego: Representa a mente consciente, a parte da nossa mente que está “acordada”, que pensa e se comunica com o mundo externo.
- Inconsciente Pessoal: Funciona como um depósito de memórias e desejos pessoais, abrangendo medos, afetos, impulsos morais, emoções reprimidas e até mesmo talentos ocultos.
- Inconsciente Coletivo: A camada mais profunda da psique, comum a todos os seres humanos. O inconsciente coletivo é herdado pela espécie. Trata-se de um conjunto de pensamentos, sentimentos e lembranças compartilhados por toda a humanidade. Fruto da experiência coletiva ao longo do tempo. Jung acreditava que é nesse nível que os Arquétipos residem.
O ego segundo a visão Espiritual
Nas tradições zen budistas, o ego é percebido como uma noção intelectual ilusória, limitada ao entendimento temporário do eu e do mundo. Essa visão desafia a identificação com elementos transitórios, como o corpo, pensamentos, emoções e posses.
Devemos eliminar o ego?
Muitas correntes espirituais contemporâneas vendem a ideia de que devemos eliminar o nosso ego, mas será que isso é realmente possível?
Por ser uma ferramenta mental que nos ajuda a gerar identificação com o mundo material, proporcionando a noção de quem somos, o ego é importante para nossa experiência.
Na prática, se fosse possível acabar com ele, acabaríamos com a nossa percepção de quem verdadeiramente somos… Portanto, não é possível eliminar o ego.
O verdadeiro caminho consiste em compreender o ego e colocá-lo à favor do nosso verdadeiro eu, da nossa essência divina. Ou seja, parar de viver apenas buscando os prazeres momentâneos e mergulhar em uma jornada de vida que tenha um real propósito.
Se minha personalidade não é egoísta, se eu sigo não apenas os meus desejos de aumentar prazer e evitar a dor, eu encontro a verdadeira vontade, que é a vontade do Todo. Encontrando essa vontade dentro de mim (através da minha intuição), tenho a oportunidade de colocar meu ego à favor desse fluxo natural universal.
Compreendendo as camadas da mente
Uma análise das camadas de nossa mente revela três estágios fundamentais:
- Primeira camada: O Consciente (Cs): É a parte da mente que interage com a realidade que você vive no presente, que usa para raciocinar, se concentrar em algo e tomar decisões. Literalmente nossa mente consciente. Onde conseguimos perceber e interagir com a realidade.
- Segunda camada, o Inconsciente (Ics): A mente inconsciente é a camada mais profunda da nossa mente e não possui a capacidade de raciocínio. É como um depósito responsável por armazenar as informações que recebe e reproduzir as atitudes automáticas que você tem. Você já reparou que ao tomar banho, por exemplo, repete sempre o mesmo roteiro ao se ensaboar? Este é um exemplo de comportamento automático produzido pelo nosso inconsciente.
- Terceira camada: O Supraconsciente (Scs): A mente supraconsciente é a maior de todas as camadas da nossa mente, é a mente que compartilhamos com o universo. Ou seja, o fragmento da mente divina universal que reside dentro de cada um de nós. O Supraconsciente é onisciente, ou seja, tudo sabe. É a mente da sua essência.
Essa visão de que existe uma mente supraconsciente é ainda mais abrangente do que a ideia de inconsciente coletivo de Jung. Portanto, segundo essa visão, é na mente supraconsciente que residem os Arquétipos.
O que são os Arquétipos?
Se você consultar um dicionário, verá que a palavra arquétipo significa um “modelo ou padrão que pode ser reproduzido”. Se pensarmos de maneira bem resumida, é isso!
Arquétipos são padrões de comportamento comuns a muitas pessoas, que influenciam nossa maneira de pensar, sentir e agir, na maioria das vezes de forma inconsciente, ou seja, você não sabe que esse padrão existe, mas ele te influencia mesmo assim.
Os Arquétipos foram descritos e estudados pelo psiquiatra e psicoterapeuta suíço Carl Jung. Ele acreditava que os Arquétipos são como “instintos da mente“, que nos ajudam a lidar com as experiências e desafios da vida. E, segundo ele, os Arquétipos são criados pelo nosso inconsciente coletivo, que é como se fosse um baú enorme cheio de ideias e memórias que todas as pessoas compartilham, independente de cultura, religião ou época histórica.
Entender os Arquétipos pode ser uma ferramenta poderosa para entender a nós mesmos e aos outros, fornecendo uma nova perspectiva sobre como lidar com as situações da vida e ajudando a resolver problemas repetitivos.
Por exemplo, se nos deparamos com um desafio difícil, podemos buscar inspiração no Arquétipo do Herói, que representa a coragem, a perseverança e a determinação para superar obstáculos.
Da mesma maneira, se estamos em busca de sabedoria e orientação, podemos recorrer ao Arquétipo do Sábio, que representa o conhecimento profundo e a compreensão da vida.
Na arte e na literatura, os Arquétipos são utilizados para criar personagens e histórias que sejam facilmente identificáveis, estando assim, de acordo com a experiência humana. Um exemplo é a história de Cinderela, que é uma personagem arquetípica da donzela em perigo, que é salva pelo herói e encontra sua felicidade no final.
Percebe? São histórias e personalidades facilmente reconhecíveis por todos nós!
Existem diversas visões de mundo e podemos entender os Arquétipos através de cada uma delas. Aqui no blog, temos um artigo explorando como essas forças poderosas podem ser compreendidas através das 7 principais visões de mundo, você pode conferir clicando aqui.
Como os Arquétipos atuam em nós?
Os Arquétipos são universais, mas sua aplicação é individual. Cada indivíduo tem livre-arbítrio e um histórico pessoal. Assim, a interação com eles ganha uma nuance própria. Vou exemplificar esse conceito através da astrologia:
Pessoas do signo de câncer tendem a ter um comportamento similar, de maior sensibilidade, emotividade e uma vida mais voltada à família, não é mesmo? Então, consequentemente, essas pessoas viverão problemas similares em sua vida, pois pertencem a um mesmo grupo arquetípico.
É claro que essas pessoas jamais serão iguais. Afinal, cada uma vai manifestar esse Arquétipo de um jeito diferente. Mas, inevitavelmente, possuirão padrões muito similares em suas vidas.
Com os Arquétipos, é a mesma coisa. Todas as pessoas que vivem determinado Arquétipo carregam virtudes semelhantes e podem apresentar as mesmas sombras, mas, cada uma, de maneira individual, com sua própria bagagem.
Por que trabalhar com os Arquétipos?
A identificação dos Arquétipos que influenciam nossa vida pode ser uma ferramenta poderosa para o processo de autoconhecimento e transformação pessoal. Afinal, ao compreender o Arquétipo que estamos vivenciando, podemos identificar melhor nossas emoções, comportamentos e padrões de pensamento, e com isso, buscar maneiras de lidar com eles.
Essa compreensão pode nos ajudar a sair de padrões de comportamento repetitivos que não nos servem mais e nos abrir caminho para novas possibilidades. Além disso, ao conhecer nossos Arquétipos, podemos descobrir nosso propósito de vida e nos tornarmos mais alinhados com nossos valores e desejos mais ocultos.
Por exemplo, se estamos vivenciando o Arquétipo da Mãe, que representa a proteção, o cuidado e a nutrição, podemos compreender como essas virtudes se manifestam em nossas relações pessoais e buscar formas de aprimorá-las ainda mais. Podemos também estar cientes dos possíveis defeitos comuns desse Arquétipo, como a tendência a sermos excessivamente protetores, e trabalhar para lapidar essas áreas.
Do mesmo modo, se estamos vivenciando o Arquétipo do Artista, que representa a criatividade, sensibilidade e busca por expressão, podemos reconhecer como essas características se manifestam em nossa vida e buscar formas de desenvolvê-las ainda mais. Ao mesmo tempo, podemos estar cientes de seus possíveis defeitos, como a tendência a sermos excessivamente emocionais ou instáveis emocionalmente, e trabalhar para aprimorar essas áreas.
Conseguiu visualizar como esse conhecimento pode mudar tudo em sua vida? É impossível saber quem realmente somos, se não entendermos os Arquétipos.
Os Arquétipos são a chave para desbloquear uma vida mais plena, próspera e repleta de significado, nos permitindo criar relações mais saudáveis e nos ajudando a nos tornar mais conectados com nós mesmos e com o mundo ao nosso redor.
E os três personagens do início?
Lembra da Tereza? Ela não consegue assistir televisão ou passar um tempo nas redes sociais sem fazer uma “comprinha” desnecessária pois está sendo influenciada por um marketing que usa os Arquétipos de forma inapropriada, através de mensagens subliminares, provocando o desejo de consumir o que não necessita.
Kadu é o centro das atenções porque vive o Arquétipo do Amante, que o torna uma pessoa carismática, sociável e sedutora. Isso emana dele, é algo natural, e sua namorada fica enciumada por não compreender que Kadu não faz por mal, só está expressando sua natureza.
Já Antônio, passou uma vida inteira de frustração como engenheiro porque não deu vazão ao Arquétipo do Artista que lhe regia. A energia que colocou ao longo dos anos para abafar essa influência, acabou lhe causando a doença que vive agora na aposentadoria.
Percebe agora como o conhecimento sobre os Arquétipos poderia ter evitado os problemas repetitivos na vida dos três personagens?
E quanto a você, sabe qual Arquétipo mais influencia sua vida?
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Através do Mapa Arquetípico, além de descobrir o Arquétipo que lhe influencia, você também conhecerá as virtudes de todos os 22 Arquétipos que compõe a jornada da alma humana.
Com o mapa em mãos, você terá a chave que abre todas as portas, estará no comando do seu destino, com o livre-arbítrio para abraçar esses poderosos aliados e permitir que eles guiem você em direção a uma vida de plenitude e prosperidade!
Um grande abraço,
Mabel Cristina Dias – Artétipos
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