Explicando o que são Arquétipos através das 7 principais visões de mundo

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O que são Arquétipos

Você já se perguntou por que algumas histórias e personagens são tão parecidos, mesmo em lugares e tempos diferentes? 

Por exemplo, por que a maioria das histórias tem um herói que precisa enfrentar desafios e salvar o dia? Por que sempre existe um mestre para mostrar o caminho ou a figura de uma mãe protetora aparecendo em tantas culturas?

Essas semelhanças podem ser explicadas através dos Arquétipos

Arquétipos são representações universais presentes no inconsciente coletivo da humanidade. Em outras palavras, são padrões de comportamento comuns a muitas pessoas, que influenciam nossa maneira de pensar, sentir e agir, na maioria das vezes de forma inconsciente, ou seja, você não sabe que esse padrão existe, mas ele lhe influencia mesmo assim.

A tentativa de explicar os Arquétipos tem sido uma constante na história da humanidade, você deve imaginar. E essa tentativa de explicá-los se torna ainda mais desafiadora quando consideramos que cada pessoa possui sua própria ideia sobre como o mundo funciona.

Existem aqueles que creem em Deus, outros que se apoiam na filosofia e até mesmo os que acreditam na realidade virtual… Existem diversas visões de mundo, e cada uma delas oferece uma interpretação única sobre o que são os Arquétipos.

Neste artigo, vamos explorar como essas forças poderosas podem ser explicadas e, principalmente, compreendidas através das 7 principais visões de mundo. Vamos lá?

1. Visão de mundo Materialista: Explorando as metáforas da mente

Imagine que você está olhando para o mundo e vê apenas aquilo que pode ser tocado, pesado e medido. Nada de mistérios ou dimensões ocultas. Essa é a visão de mundo materialista, uma visão racional de quem enxerga apenas a matéria.

Para as pessoas que adotam essa visão de mundo, os Arquétipos são como metáforas da vida, como uma analogia que se origina na mente humana. 

Em outras palavras, para os materialistas, os Arquétipos são elementos mentais que limitam as ações de uma pessoa, uma vez que elas agem de acordo com o conteúdo que já está presente em sua mente.

Vou dar um exemplo. Em algum momento da sua vida, você ouviu histórias de heróis valentes que enfrentam desafios impossíveis, certo? Essas histórias moldaram a sua ideia do que é ser um herói: alguém destemido, enfrentando perigos para salvar o dia. Agora, quando você se vê diante de uma situação difícil, é como se você ativasse essa metáfora do herói em sua mente

Então, a partir dessa visão de mundo, quando alguém age de maneira heróica, por exemplo, isso não é um resultado da conexão com uma força poderosa, mas sim uma manifestação da metáfora interna do herói, construída ao longo do tempo por histórias, mitos e exemplos que permeiam a cultura. Ou seja, você se inspira nesse ideal do que seria um herói e age de acordo com essa ideia.

2. Visão de mundo Filosófica: Ideias primordiais

Arquétipos

Na visão filosófica, encontramos uma nova perspectiva sobre os Arquétipos. Imagine enxergar o mundo não só por aquilo que podemos tocar, mas também pelas ideias por trás de tudo que existe.

Para os filósofos, os Arquétipos são como as sementes das ideias, plantadas antes mesmo de algo se tornar real.

Platão (427 a.C. e 347 a.C.), um dos mais conhecidos filósofos antigos e um dos primeiros a introduzir o conceito de Arquétipo, acreditava que tudo o que existe no mundo material já foi concebido anteriormente como uma ideia. Isso significa que existem dois mundos diferentes: 

O mundo em que vivemos é conhecido como o mundo manifesto, enquanto o mundo das ideias é chamado de mundo não manifesto.

Enxergando dessa maneira, os Arquétipos são essas ideias primordiais, responsáveis por trazer à tona as virtudes que já estão presentes em nós, como o amor, a alegria, a sabedoria, a abundância e a justiça

Essas virtudes são consideradas potenciais humanos que foram originados a partir dos Arquétipos. Essa é a maneira como os filósofos compreendem a natureza dos Arquétipos.

3. Visão de mundo Psicológica: O inconsciente coletivo

No século passado, Carl Jung (1875-1961), um importante psiquiatra e psicoterapeuta suíço, fundador da psicologia analítica, criou a ideia do inconsciente coletivo.

O inconsciente coletivo se refere a um nível mais profundo e universal do inconsciente, ele representa a mente da humanidade e inclui todas as experiências que já foram vividas e que são compartilhadas por todos os seres humanos. 

Sendo assim, eu e você também fazemos parte dessa mente coletiva e ao vivermos nossas próprias experiências, acrescentamos informações a ela, assim como também podemos obter informações dessa mente coletiva.

A partir disso, os Arquétipos, na visão de mundo psicológica, são energias psíquicas, são padrões universais de comportamento que habitam no inconsciente coletivo. 

Em outras palavras, segundo Jung, os Arquétipos são as formas pelas quais o inconsciente coletivo se manifesta na consciência humana. Ou seja, eles são como moldes ou modelos que influenciam a forma como as pessoas pensam, sentem e agem em relação ao mundo ao seu redor.

Assim, podemos dizer que os Arquétipos são uma expressão do inconsciente coletivo, que é a fonte desses padrões universais de comportamento e pensamento. Eles nos ajudam a compreender melhor a nós mesmos, aos outros e ao mundo em que vivemos.

4. Visão de mundo através da Nova Física: Arquétipos como hologramas

Arquétipos

Agora, vamos entender os Arquétipos por uma lente totalmente diferente, a visão da nova física, que enxerga os Arquétipos como hologramas.

Talvez você já tenha ouvido falar em hologramas. Eles são imagens incríveis que conseguimos criar usando lasers e um objeto. De maneira simples, é como se tirássemos uma foto de algo em 3D. 

Agora, imagine que você pegue essa foto e a corte em minúsculos pedaços. Embora estejam cortados, cada um desses pedacinhos ainda carrega um pouco da imagem inteira do objeto, certo? Ou seja, o holograma, numa pequena parte, contém a imagem do todo.

Na nova física, os Arquétipos, presentes em nós, são considerados a representação macro do universo. Eles são hologramas completos que contêm toda a informação e nós, como partes integrantes do Todo, também possuímos essa informação em nosso interior, de forma holográfica.

5. Visão de mundo Religiosa ou Tradicionalista: Arquétipos como virtudes divinas

Os Arquétipos também podem ser entendidos através das tradições espirituais, que veem o mundo como uma manifestação de Deuses e Deusas. Para essas tradições, os Arquétipos são como as manifestações desses seres divinos.

Vamos pensar no exemplo da cultura egípcia antiga. Eles tinham Deuses da Justiça, da Verdade, Deus sol, Deus lua… Para essas tradições que aceitam vários Deuses, é como se cada um deles representasse um Arquétipo diferente, sendo uma maneira de trazer vida a um aspecto específico da existência.

Talvez você esteja se perguntando: mas e nos casos das religiões monoteístas, ou seja, que acreditam em um único Deus? Como explicar os Arquétipos? Nesse caso, os Arquétipos podem ser entendidos como as faces de um único Deus, são como as manifestações desse Deus único.

Pense no Arquétipo do Sábio, por exemplo. Quando alguém age com sabedoria, é como se Deus estivesse se mostrando através dessa pessoa. Ou ainda no Arquétipo do Amante, que carrega virtudes como o amor e a paixão. Quando alguém ama profundamente, está vivenciando uma virtude de Deus.

Então, a partir dessa visão, os Arquétipos se tornam a maneira pela qual Deus se manifesta no mundo, guiando, ensinando e envolvendo a todos com Sua sabedoria, amor e todas as outras virtudes divinas.

6. Visão de mundo a partir da Consciência

Arquétipos

A perspectiva da Consciência como visão de mundo é baseada em um princípio único que governa tudo o que existe: a Consciência.

De acordo com essa perspectiva, uma galáxia, um planeta, um animal e o ser humano são todos seres conscientes. Todos eles são fragmentos da mesma Consciência maior, como peças que se encaixam para formar um único campo de Consciência. 

Nessa visão, assim como tudo que existe, os Arquétipos também são considerados consciências vivas, manifestando-se através de energia e informação.

Imagine o Arquétipo do Herói, que representa a coragem frente aos desafios. Quando você toma uma atitude heroica, está sintonizado com esse aspecto da consciência universal.

A visão de mundo a partir da Consciência nos convida a enxergar a unidade por trás de todas as coisas. Não somos apenas indivíduos isolados, mas partes interligadas de um todo maior. 

E os Arquétipos, então, são como os reflexos da consciência universal em nós e se tornam a linguagem comum dessa consciência, nos permitindo compreender e expressar os diferentes matizes da nossa própria essência e do vasto cosmos à nossa volta.

7. Visão da Realidade Virtual

Por fim, existe também uma perspectiva que enxerga o mundo como uma realidade virtual

De acordo com essa visão, o universo é como um jogo virtual que opera com base em informações, assim como um computador que funciona com a codificação binária. 

Então, segundo essa teoria, a realidade em que vivemos é uma espécie de realidade virtual, onde usamos nossa energia e crescemos por meio de novas experiências.

Nessa visão de mundo, defendida pelo físico Thomas Campbell (1777 – 1844), os Arquétipos são programas que nossa consciência utiliza e que nos limitam. Esses programas têm regras que seguimos, mas podemos dar uma tonalidade a essas regras através do nosso livre arbítrio, permitindo-nos escapar um pouco das restrições impostas pelos Arquétipos.

Vamos imaginar que quando você age com amor e compaixão, está seguindo o “código” do Arquétipo do Amante. Se age com sabedoria, compartilhando seu conhecimento, está seguindo o “código” do Arquétipo do Sábio. E assim por diante.

Em outras palavras, pense como se fôssemos jogadores do jogo da vida, explorando um mundo de possibilidades, e os Arquétipos são as ferramentas que usamos para navegar nesse universo, moldando nossa jornada e dando significado às nossas ações.

Reflexão

Arquétipos

Ao refletirmos sobre estas 7 principais visões de mundo, podemos perceber que os Arquétipos podem assumir significados que parecem distintos em cada uma delas. 

Contudo, independentemente de qual seja a nossa visão de mundo, eles nos possibilitam explorar diferentes facetas da condição humana, proporcionando uma perspectiva única para compreendermos o mundo ao nosso redor.

E quanto a você? Qual a sua visão de mundo? Como você interpreta os Arquétipos? Reflita sobre como você enxerga o mundo ao seu redor!

Se este artigo expandiu sua compreensão sobre os Arquétipos, convido você a continuar explorando nosso blog, onde trago conteúdos enriquecedores sobre esse tema e sobre como ele se relaciona com a sua própria jornada de prosperidade em todas as áreas.

Descubra o poder dos Arquétipos e como eles podem ser ferramentas essenciais para sua compreensão do mundo e de si mesmo!

Um grande abraço,

Mabel Cristina Dias – Artétipos

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